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Primeira edição ocorreu na última quarta-feira, com alunos de diversos municípios da região

Nem a tarde chuvosa e fria impediu que vários estudantes participassem da primeira edição do Unisc Talks. O projeto busca aproximar estudantes e professores do Ensino Médio da região, do universo acadêmico, promovendo reflexões sobre o mundo contemporâneo de forma leve, envolvente e inspiradora. Na primeira edição, reuniu três palestrantes: a vice-reitora da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Andréia Rosane de Moura Valim; a psicóloga e professora da Unisc, Makely Rodrigues; e a arquiteta e professora da Universidade, Alessandra Gobbi.

A iniciativa é organizada pelo Conexões Unisc. O coordenador do setor, Erion Lara, enfatizou que o evento é pensado especialmente para estudantes do Ensino Médio que estão começando a construir seu próprio caminho. “O Unisc Talks é um evento de troca, inspiração e descoberta. Aqui iremos falar sobre futuro, carreira, escolhas, possibilidades, entre outros temas que permeiam essa fase que vocês estão vivendo, juntamente com quem tem experiência e que está inovando, criando e fazendo a diferença. Nosso objetivo é ajudar vocês a enxergar novas ideias, refletir sobre possibilidades e, principalmente, mostrar que há muitos caminhos possíveis. Esperamos que vocês aproveitem cada fala, cada conversa e saem daqui com a cabeça cheia de ideias e o coração cheio de vontade de fazer acontecer.”

A primeira a falar  sobre como as profissões estão mudando no século XXI foi a vice-reitora, Andréia Valim. A docente falou que, desde pequenos, somos instigados com perguntas sobre o que seremos ‘quando crescermos?’. “E aí eu chamo a atenção de vocês: vir para o Ensino Superior é sensacional. Fazer um curso de graduação nos abre diversas oportunidades. Esse é o começo da definição da nossa profissão.”

Andréia também trouxe dados de que 65% das crianças que hoje estão no Ensino Fundamental vão trabalhar em profissões que ainda não foram criadas. “Isso é assustador e ao mesmo tempo desafiador. Tem uma mudança importante acontecendo e essa mudança é impulsionada por uma alteração exponencial da tecnologia, pela inteligência artificial que nos assusta e nos traz perspectivas enormes. Também vai ser motor das mudanças das profissões a sustentabilidade, que nos pregou um susto enorme no ano passado, durante as enchentes. Ainda, a globalização, em que temos oportunidades estando em outras partes do mundo. Então, essa propulsão de mudança é que faz com que tenhamos profissões sendo delineadas, sendo criadas de uma maneira diferente, sendo modificadas.” 

Em seguida, a psicóloga Makely Rodrigues falou sobre como nossas escolhas do presente constroem o futuro. Ela usou como exemplo a própria trajetória de vida quando, aos 7 anos, decidiu que queria ser psicóloga. “Tudo começa com a forma como nos relacionamos, e nós nos relacionamos muito. Nos relacionamos com nós mesmos, que é o autoconhecimento; nos relacionamos com a nossa família, que é aquela que nos dá uma bagagem para construir um futuro; nos relacionamos com os nossos sonhos, que futuro eu quero, se a profissão que eu desejo ainda não existe e, como eu vou me preparar para quando ela surgir; e como eu me relaciono com as pessoas. E essas pessoas me ajudaram a fazer escolhas, ainda muito pequena, que me trouxeram até aqui hoje. Isso forma quem eu sou, com as minhas habilidades, mas também com muitas vulnerabilidades.”

Por fim, a professora Alessandra Gobbi explanou sobre as carreiras STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) e como elas estão moldando o mundo. Alessandra é coordenadora do Projeto Praça STEM, que tem como objetivo despertar nos alunos do Ensino Fundamental das escolas públicas de Santa Cruz do Sul o interesse pela área das exatas. Ela falou sobre o que motivou a criação do Projeto. 

“Eu e meus colegas do Departamento de Engenharias, Arquitetura e Computação conversávamos sobre a dificuldade nas matérias da Matemática, Física, que são sempre matérias que os jovens de Ensino Fundamental, Ensino Médio, têm sempre muito receio ou muita dificuldade, uma falta de compreensão. Há pesquisas mostrando que muitas dificuldades apresentadas pelos alunos nessas matérias têm a ver com a falta de compreensão. E se eu não compreendo, eu não gosto. Mas se eu começo a compreender o porquê que elas existem, eu começo a gostar. Começamos a perceber também que muitas vezes o ensino da Matemática e da Física está muito desconectado com o nosso cotidiano. Então, essa relação dos conteúdos com o cotidiano, com a teoria e a prática, faz falta. E foi um dos objetivos dos nossos desafios no Praça STEM.”

Exatas no radar

Guilherme Jovelino Maus, de 17 anos, é estudante do último ano do Ensino Médio na Escola Estadual Guilherme Fischer, de Vale do Sol. Com um gosto voltado mais para a área de exatas, ele conheceu o Conexões após uma visita da escola à Unisc e começou a seguir o setor nas redes sociais. Foi aí que ele soube do Unisc Talks. Ficou curioso e decidiu participar do evento. Guilherme quer ser programador. “Eu lembro que desde pequenininho eu via pessoas fazendo jogos e isso me interessava. Eu também gosto de ensinar para as pessoas, e vejo que no futuro eu possa me encaixar, me enquadrar no esquisito de ser um educador e proliferar o meu conhecimento para outras pessoas”, acrescenta.

Fotos: Bruna Lovato/Unisc

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Erion, Alessandra, Andréia e Makely

 

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