Nesta sexta-feira, 25 é comemorado o Dia do Engenheiro Civil e da Construção, profissão importante para o desenvolvimento do país
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de construção no Brasil cresceu 3,5% no segundo trimestre de 2024. No Vale do Rio Pardo, este crescimento é visível na construção de loteamentos, edifícios, residenciais, entre outros.
“O mercado imobiliário tem apresentado esses sinais positivos. Vemos também as obras de infraestrutura viária, temos um pós-eventos adversos que estão acontecendo por conta das chuvas e que necessitam de um desenvolvimento de novos projetos. Tem o próprio desempenho econômico com relação ao programa Minha Casa Minha Vida e o lançamento de novas unidades, com um crescimentos de 41% em relação ao ano passado”, destaca a coordenadora do Curso de Engenharia Civil, Leticia Diesel, ao falar sobre o Dia do Engenheiro Civil e da Construção, comemorados nesta sexta-feira, 25.
A professora ainda lembra que ser Engenheiro Civil vai além de executar uma obra. “Toda prefeitura, por exemplo, precisa ter esse profissional, é uma exigência. Aqui em Santa Cruz temos uma grande obra que é a construção do viaduto no Bairro Arroio Grande, essa questão da mobilidade também passa pela Engenharia Civil. Temos os nossos estudantes estagiando lá. É importante falarmos desses outros lados, porque senão pensamos somente em casas, prédios, mas tem também pontes que demandam um cálculo estrutural.”
Toda essa demanda representa que o mercado está bastante aquecido e sempre buscando profissionais da área. “Hoje, só não trabalha na área o engenheiro que optou por outra área. E isso vale para estágios, pois a demanda por estagiários é muito grande e temos uma busca por eles dentro da Universidade”, fala o subcoordenador do Curso, professor Marcus Daniel Friederich dos Santos.
Prédio mais alto de Santa Cruz tem professor da Unisc envolvido
Santa Cruz do Sul está na fase final de construção do prédio mais alto da cidade. O edifício de 78 metros, 26 andares, sendo 19 andares só de moradias, tem a expertise do engenheiro civil e professor da Unisc , Christian Donin.
“Em um projeto minucioso como esse, é feita a engenharia geotécnica que consiste na caracterização do solo para verificar se é possível construir naquele local. A partir disso se calcula e se faz o projeto estrutural. O projeto estrutural dessa edificação, que é o prédio mais alto a ser construído em Santa Cruz do Sul, é do professor Cristian Donin. Nossos professores são profissionais que atuam na academia, com esse viés profissional, trazendo essa percepção, essa possibilidade de os estudantes realizarem visitas técnicas. Trazemos essa vivência do que acontece nesse trabalho em equipe, também, para dentro da sala de aula e o contrário. E uma obra como essa, não é tão rápida, porque tem que ver se o solo vai sustentar, se não vai atrapalhar a parte viária, tudo isso passa pelo engenheiro civil também. Além de claro, o profissional precisa estar por dentro do plano diretor do município, do código de obras, para que as regras sejam seguidas”, esclarece Letícia.
Egressa do Curso é palestrante no Construsummit - Evento da Construção Civil 2024
A 6ª edição do maior encontro de gestão e tecnologia para a Indústria da Construção ocorreu nos dias 4 e 5 de setembro, o em Florianópolis (SC). O evento para gestores e líderes do setor que buscam impulsionar seus negócios em um dos segmentos que mais cresce no mundo teve a palestra de uma egressa do Curso de Engenharia Civil da Unisc e gerente de Projetos da CBA Empreendimentos, Tainá Gelsdorf Carlos.
“Tive a oportunidade de compartilhar minha experiência como Gerente de Projetos na CBA Empreendimentos, onde atuo há quase 5 anos. Durante a palestra, abordei o ciclo completo da pré-obra, desde a aquisição do terreno até o desenvolvimento de projetos executivos, passando por aprovações em órgãos, incorporação imobiliária e criação de materiais de lançamento. Expliquei o fluxograma que desenvolvemos na empresa, detalhando as fases, entregas, reuniões e documentos padrão que utilizamos. Também destaquei o uso de programas de gerenciamento de arquivos e prazos, enfatizando que esse é um processo vivo, em constante melhoria, à medida que aprendemos e aperfeiçoamos nosso método ao longo dos anos.”
Tainá Gelsdorf Carlos
Egressa pesquisa ferramenta para análise comparativa de custos e impactos ambientais entre pavimentos asfálticos
Formada em Engenharia Civil pela Unisc em 2019 e atual mestranda na UFRGS, na área de pavimentação e sustentabilidade, Caroline Rezende, envolveu-se com diversas linhas de pesquisa e estagiou no setor público e privado durante a graduação. Atualmente atua em uma empresa de engenharia, a Braucon, e realiza execução de obras. Também está com uma startup incubada no Tecnounisc, com ênfase no desenvolvimento do setor da construção civil através da educação.
Com o objetivo de propor uma ferramenta para análise comparativa de custos e impactos ambientais entre pavimentos asfálticos com camadas de solo-cal e camadas granulares, através da dissertação desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Construção e Infraestrutura (PPGCI), Caroline traz uma contribuição significativa para a Engenharia Civil e a crescente preocupação com os impactos ambientais gerados pelo setor da construção. A pesquisa visa identificar quando a solução com cal em camadas de pavimentos, material utilizado para a estabilização de solos, é vantajoso em termos econômicos e ambientais, abordando questões como emissões de carbono e consumo de recursos naturais.
Assim, alinha-se com os princípios de Environmental, Social, and Governance (ESG), promovendo práticas ambientalmente corretas que consideram não só a viabilidade econômica, mas também o compromisso com a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento de infraestruturas mais sustentáveis no Brasil. Ao fornecer uma base para decisões na pavimentação, a ferramenta desenvolvida tem a intenção de ser um recurso estratégico na construção de uma malha viária mais eficiente e ambientalmente responsável, avaliando a melhor solução através de embasamento ambiental e econômico, alinhando-se assim também aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.