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A organização da obra é do professor Mozart Linhares da Silva e da doutoranda
Luiza Franco Dias. Lançamento ocorre neste sábado

O Grupo de Pesquisa “Identidade e Diferença na Educação” do Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Educação da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) lança neste sábado, 10, o livro “21 textos para discutir racismo em sala de aula”. A organização é do professor Mozart Linhares da Silva e da doutoranda Luiza Franco Dias. O evento ocorre às 10 horas, na Livraria e Cafeteria Iluminura.

O livro tem caráter paradidático, ou seja, o material serve como um facilitador em sala de aula, ajudando na comunicação entre estudantes e professores. “Os textos foram escolhidos com base na temática, que deveria ser acessível e promover um diálogo de forma clara e efetiva, sem perder o rigor científico. No final de cada texto são indicadas atividades didáticas que visam qualificar a reflexão dos alunos, constituindo uma ferramenta de aprofundamento das discussões propostas pelos autores”, afirma Luiza.

Ainda, foi levado em consideração, primeiramente, a trajetória acadêmica e profissional dos autores, visto que, as contribuições nesse material partem das experiências em pesquisas e no trabalho docente. “Os textos possuem diferentes perspectivas, pois são escritos a partir de diferentes campos do saber (direito, psicologia, literatura, educação, história, entre outros), mas que convergem na interlocução com as discussões raciais e o racismo. Ademais, a riqueza do material conta com a arte e a ludicidade para atrair atenção dos alunos e propiciar um diálogo crítico sobre as faces do racismo”, complementa Luiza.

Esse diálogo na escola, segundo Mozart, é fundamental. “A escola é um espaço privilegiado de contato com a alteridade e tais discussões emergem naturalmente no cotidiano dos alunos. É preciso qualificar essa discussão. Enfatizamos a importância do diálogo, pois, para o enfrentamento ao racismo é necessário primeiramente falar sobre ele. O silêncio invisibiliza o racismo, o que não significa seu apagamento, pelo contrário, o torna mais efetivo. A luta contra o racismo é uma responsabilidade social ampla e a escola é um espaço privilegiado que não pode ser negligenciado”, diz ele. 

O professor ainda enfatiza que é preciso encontrar outras maneiras de abordar essa temática além das aulas de história sobre escravidão e das datas comemorativas, olhando para os desdobramentos do racismo na contemporaneidade de forma crítica. “É preciso compreender que o racismo não é um problema que diga respeito exclusivamente a pessoas negras, temos que entendê-lo como um problema de todos nós, ele diz respeito a toda sociedade, ele implica em privilégios, relações de poder e violência que atravessa toda a sociedade. Todos temos o dever de enfrentar o racismo.”

Já para Luiza, o Brasil tem o racismo como ferramenta de hierarquização social, ele está na base da construção do país e por isso se encontra cristalizado. “É o que chamamos de racismo estrutural. Ele está presente nas instituições, no ambiente de trabalho, nas escolas, nas relações cotidianas e nas ruas. Está ainda, enraizado no imaginário da sociedade, de forma a inferiorizar uns em detrimento a outros. Discutir o racismo no momento histórico em que vivemos, é imprescindível, uma vez que essa discussão é atravessada pela garantia dos direitos, de igualdade no acesso à educação e ao mercado de trabalho”, finaliza ela.

Como adquirir

O livro é publicado pela editora Pedro e João de São Carlos, São Paulo, e conta com financiamento integral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), por meio do Edital Pesquisador Gaúcho. A obra é gratuita e publicada em dois formatos, em e-book e impressa. A versão impressa é reservada a escolas públicas e instituições educacionais e pode ser adquirida diretamente com os coordenadores.

Por e-book, pode ser feito o download pelo site pedroejoaoeditores.com.br/produto/21-textos-para-discutir-racismo-em-sala-de-aula/ ou QrCorde abaixo 

 

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A organização da obra é do professor Mozart Linhares da Silva e da doutoranda
Luiza Franco Dias. Lançamento ocorre neste sábado

O Grupo de Pesquisa “Identidade e Diferença na Educação” do Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Educação da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) lança neste sábado, 10, o livro “21 textos para discutir racismo em sala de aula”. A organização é do professor Mozart Linhares da Silva e da doutoranda Luiza Franco Dias. O evento ocorre às 10 horas, na Livraria e Cafeteria Iluminura.

O livro tem caráter paradidático, ou seja, o material serve como um facilitador em sala de aula, ajudando na comunicação entre estudantes e professores. “Os textos foram escolhidos com base na temática, que deveria ser acessível e promover um diálogo de forma clara e efetiva, sem perder o rigor científico. No final de cada texto são indicadas atividades didáticas que visam qualificar a reflexão dos alunos, constituindo uma ferramenta de aprofundamento das discussões propostas pelos autores”, afirma Luiza.

Ainda, foi levado em consideração, primeiramente, a trajetória acadêmica e profissional dos autores, visto que, as contribuições nesse material partem das experiências em pesquisas e no trabalho docente. “Os textos possuem diferentes perspectivas, pois são escritos a partir de diferentes campos do saber (direito, psicologia, literatura, educação, história, entre outros), mas que convergem na interlocução com as discussões raciais e o racismo. Ademais, a riqueza do material conta com a arte e a ludicidade para atrair atenção dos alunos e propiciar um diálogo crítico sobre as faces do racismo”, complementa Luiza.

Esse diálogo na escola, segundo Mozart, é fundamental. “A escola é um espaço privilegiado de contato com a alteridade e tais discussões emergem naturalmente no cotidiano dos alunos. É preciso qualificar essa discussão. Enfatizamos a importância do diálogo, pois, para o enfrentamento ao racismo é necessário primeiramente falar sobre ele. O silêncio invisibiliza o racismo, o que não significa seu apagamento, pelo contrário, o torna mais efetivo. A luta contra o racismo é uma responsabilidade social ampla e a escola é um espaço privilegiado que não pode ser negligenciado”, diz ele. 

O professor ainda enfatiza que é preciso encontrar outras maneiras de abordar essa temática além das aulas de história sobre escravidão e das datas comemorativas, olhando para os desdobramentos do racismo na contemporaneidade de forma crítica. “É preciso compreender que o racismo não é um problema que diga respeito exclusivamente a pessoas negras, temos que entendê-lo como um problema de todos nós, ele diz respeito a toda sociedade, ele implica em privilégios, relações de poder e violência que atravessa toda a sociedade. Todos temos o dever de enfrentar o racismo.”

Já para Luiza, o Brasil tem o racismo como ferramenta de hierarquização social, ele está na base da construção do país e por isso se encontra cristalizado. “É o que chamamos de racismo estrutural. Ele está presente nas instituições, no ambiente de trabalho, nas escolas, nas relações cotidianas e nas ruas. Está ainda, enraizado no imaginário da sociedade, de forma a inferiorizar uns em detrimento a outros. Discutir o racismo no momento histórico em que vivemos, é imprescindível, uma vez que essa discussão é atravessada pela garantia dos direitos, de igualdade no acesso à educação e ao mercado de trabalho”, finaliza ela.

Como adquirir

O livro é publicado pela editora Pedro e João de São Carlos, São Paulo, e conta com financiamento integral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), por meio do Edital Pesquisador Gaúcho. A obra é gratuita e publicada em dois formatos, em e-book e impressa. A versão impressa é reservada a escolas públicas e instituições educacionais e pode ser adquirida diretamente com os coordenadores.

Por e-book, pode ser feito o download pelo site pedroejoaoeditores.com.br/produto/21-textos-para-discutir-racismo-em-sala-de-aula/ ou QrCorde abaixo 

 

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